Um público seleto, altamente motivado para a compra. Segundo o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Gustavo Selig, assim podem ser caracterizados os 12 mil visitantes que passaram pela 23ª Feira de Imóveis do Paraná 2014, realizada de 27 a 30 de agosto, no Expo Renault Barigui, em Curitiba. O dirigente conta que a quantidade de negócios efetivados e encaminhados no evento superou as expectativas da organização, e deve ultrapassar os R$ 50 milhões, montante recorde para a exposição.
“O evento está consolidando-se como uma feira de negócios, um espaço em que o cliente pode pesquisar as opções que existem no mercado, num só lugar, e comprar seu imóvel. Nesse ano, isso ficou muito claro. Cada vez mais, quem está na feira acaba saindo na frente em relação às outras empresas, porque tem seus produtos em destaque”, avalia Selig.
O diretor executivo do Grupo Hestia, Rafael Mansur, diz que a empresa superou as metas que tinha para o evento e fechou a mostra com 14 propostas, o que deve totalizar aproximadamente R$ 6 milhões em vendas. “O cliente estava motivado a fechar negócio e encontrar um imóvel que atendesse às suas necessidades. O volume de pessoas que entrou no estande, buscou informações sobre o produto e as condições de pagamento dos empreendimentos aumentou substancialmente em relação à edição anterior”, opina.
O diretor comercial da Ademilar no Paraná, Claudir dos Santos, diz que a empresa está perto de contabilizar R$ 10 milhões em cotas de consórcio vendidas no evento, com cartas de crédito a preço médio de R$ 400 mil, quase o dobro do valor médio normalmente comercializado. “Para nós, esse ano foi a melhor feira, com um público de qualidade superior aos outros anos. Num dia, nós vendemos a feira inteira do ano passado. O estande ficou cheio e inclusive tivemos fila de espera para atendimento”, diz.
Segundo o gerente de vendas da MRV Engenharia, Luiz Fernando Rodrigues, a empresa atendeu mais de 400 clientes na mostra e totalizou mais de 20 propostas. Os apartamentos de dois dormitórios, com preço até R$ 200 mil, na Região Metropolitana de Curitiba, foram os imóveis mais procurados. “O comprador tem mais informações, desse modo, ele pesquisa e negocia mais. Ele está mais exigente e adquirindo produtos de valor mais elevado, não apenas os enquadrados no Minha Casa Minha Vida. Não é mais só o primeiro imóvel”, avalia.
Na Rossi, os imóveis com maior procura foram os apartamentos de dois dormitórios, com preço de R$ 250 mil a R$ 300 mil. A companhia assinou quatro contratos no evento e, com a efetivação dos negócios encaminhados, deve contabilizar entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões em unidades comercializadas. “O movimento foi um pouco menor do que o do ano passado, mas o público que veio nos visitar teve muito interesse na compra. O cliente veio para a feira com a finalidade de aquisição”, comenta o diretor de vendas, Rafael Garcia Camargo.
O gerente de vendas da Habitec, Amauri Bernardes, conta que além dos apartamentos com preço de R$ 300 mil a R$ 500 mil, houve a procura de casas em condomínio fechado, com valor de venda de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão. A maioria dos atendimentos no estande da empresa foi a casais jovens, com idade média de 30 anos. O executivo afirma que houve vendas na feira. “O cliente veio para fazer negócio”, ressalta.
Nesse ano, a Feira de Imóveis do Paraná teve um dia a menos de duração, sem abrir no domingo. O horário de funcionamento foi estendido, das 14 às 22 horas. Ao todo, cerca de 40 empresas entre construtoras, incorporadoras, imobiliárias e empresas relacionadas à construção civil participaram do evento. O patrocínio foi da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Em 2013, o público visitante da exposição foi de 20 mil pessoas.
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