Ao buscar um im\u00f3vel em Curitiba, encontra-se inevitavelmente uma boa quantidade de op\u00e7\u00f5es no norte da cidade. Mas nem sempre foi assim. A regi\u00e3o, que esteve por muito tempo fora dos principais radares do setor imobili\u00e1rio, passou a ser inclu\u00edda no rol das grandes apostas, com destaque para os bairros Boa Vista, Bacacheri e Santa C\u00e2ndida.<\/p>\n

De acordo com o Perfil Imobili\u00e1rio, o maior estoque de im\u00f3veis est\u00e1 nessa regi\u00e3o. At\u00e9 setembro deste ano, 19% do total \u00e0 venda na cidade estava localizado na regi\u00e3o, ou 2.245 unidades dispon\u00edveis.
\nNa avalia\u00e7\u00e3o de Fabio Tadeu Ara\u00fajo, s\u00f3cio da (Brain) Bureau de Intelig\u00eancia Corporativa, durante o per\u00edodo de auge imobili\u00e1rio da cidade, entre 2008 e 2010, a zona sul recebeu um maior n\u00famero de empreendimentos, com o norte ficando em segundo plano. \u201c\u00c9 um mercado com grande potencial que est\u00e1 come\u00e7ando a se desenvolver agora\u201d, afirma. Para Ara\u00fajo, o grande n\u00famero de terrenos dispon\u00edveis e a possibilidade da conclus\u00e3o da Linha Verde Norte possibilitaram o aumento de investimentos. Al\u00e9m disso, a instala\u00e7\u00e3o de outros pontos de com\u00e9rcio devem estimular a regi\u00e3o, como o Shopping Atuba, que contar\u00e1 com 204 lojas e deve ser entregue em 2017.<\/p>\n

A Vanguard, marca da construtora e incorporadora Plaenge voltada \u00e0 classe C, foi uma das primeiras a explorar a regi\u00e3o em 2008, com a constru\u00e7\u00e3o do Garden Sevilla. E continou aumentando a aposta a ponto de hoje contar com mais tr\u00eas empreendimentos em fase de entrega ou em obras: Le Parc, no Bacacheri, Piazza Maggiore, no Pilarzinho e o Piazza San Marco, no Tingui. Alvaro Coelho, gerente regional da Vanguard, afirma que a oferta de novos im\u00f3veis aumentou muito nos \u00faltimos anos, mas acredita que ainda h\u00e1 demanda para novos empreendimentos. \u201cA regi\u00e3o norte ainda tem um bom espa\u00e7o para crescer, j\u00e1 que possui terrenos bons a pre\u00e7os razo\u00e1veis\u201d, afirma.<\/p>\n

De acordo com Felipe Sebben, gerente regional da construtora PDG, o crescimento de Curitiba encontrou barreiras nas regi\u00f5es sul e oeste devido aos limites naturais da cidade \u2013 com os Rios Igua\u00e7u e Passa\u00fana \u2013 e acabou se expandindo ao leste e ao norte. Isso acabou permitindo o r\u00e1pido desenvolvimento de Almirante Tamandar\u00e9 e Colombo e refletiu na capital. \u201cMuitos moradores da Regi\u00e3o Metropolitana querem vir para Curitiba e utilizam como porta de entrada a regi\u00e3o norte, que apresenta apartamentos mais econ\u00f4micos\u201d, diz. Ele acredita que a regi\u00e3o ainda apresenta bom potencial imobili\u00e1rio. \u201cAinda tem um bom volume de terrenos a ser explorado\u201d, afirma. A construtora tem em fase de vendas um empreendimento com 657 unidades, no bairro Atuba, chamado de Village Paran\u00e1.<\/p>\n

Para os pr\u00f3ximos anos, por\u00e9m, Ara\u00fajo prev\u00ea uma estagna\u00e7\u00e3o na oferta, exceto na regi\u00e3o da Linha Verde. \u201cQuando for finalizada, ela voltar\u00e1 a atrair novos empreendimentos. Na zona norte mais tradicional, na regi\u00e3o do Boa Vista, a tend\u00eancia \u00e9 que o estoque seja consumido e haja menor oferta\u201d, diz.<\/p>\n

Fonte: Gazeta do Povo<\/p>\n

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