A escolha de eletrodom\u00e9sticos e aparelhos eletr\u00f4nicos n\u00e3o apenas pelo pre\u00e7o, mas tamb\u00e9m pela efici\u00eancia energ\u00e9tica pode resultar em economia para o consumidor, segundo c\u00e1lculo do respons\u00e1vel pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Marcos Borges. A etiqueta de efici\u00eancia energ\u00e9tica mede o consumo dos produtos por uma classifica\u00e7\u00e3o que vai de A, para os mais eficientes, at\u00e9 E, para os menos eficientes, e a indica\u00e7\u00e3o \u00e9 que o consumidor opte pelos que tenham um menor consumo energ\u00e9tico. \u201cCom o simples fato de escolher produtos mais eficientes, [o consumidor] pode economizar, em um apartamento mediano de dois quartos, cerca de R$ 1.200 todos os anos\u201d, disse.<\/p>\n
No caso de refrigeradores, Borges calculou que a economia ao longo de dez anos equivale ao pre\u00e7o de um produto novo. Uma geladeira de 300 litros, por ano, pode gerar uma economia de R$ 100. Em dez anos, a economia seria quase suficiente para comprar um aparelho de tamanho similar.<\/p>\n
\u201cAo economizar isso todo ano, ao final de dez anos, tem que come\u00e7ar a planejar a troca do aparelho, porque a partir da\u00ed ele come\u00e7a a ficar cada vez menos eficiente e vai gastar cada vez mais energia e dinheiro para funcionar. A gente costuma dizer que, ap\u00f3s dez anos economizando esse valor que a etiqueta proporcionou, o consumidor acaba sem fazer grandes investimentos comprando um refrigerador novo, por causa da decis\u00e3o de ter comprado anteriormente um produto classificado\u201d, esclareceu. Na avalia\u00e7\u00e3o de Borges, \u00e9 fundamental que o consumidor, ao adquirir um equipamento na loja, preste aten\u00e7\u00e3o \u00e0s indica\u00e7\u00f5es expostas nas etiquetas como consumo de energia, quantidade de \u00e1gua e tempo de centrifuga\u00e7\u00e3o [no caso de m\u00e1quinas de lavar].<\/p>\n
Para reduzir os gastos que costumam aumentar no per\u00edodo de ver\u00e3o com o forte calor, o respons\u00e1vel pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem disse que o uso mais racional evita que o chuveiro e o ar-condicionado sejam classificados de vil\u00e3o. \u201cNo caso do ar-condicionado, o melhor \u00e9 ligar no m\u00e1ximo, fechar as portas e, depois de um tempo, diminui para uma temperatura confort\u00e1vel. Muita gente n\u00e3o faz isso e o gasto acaba pesando bastante no or\u00e7amento familiar. Da mesma forma, o chuveiro, em que tem gente que toma banho de meia hora, passando de dez minutos est\u00e1 jogando \u00e1gua e dinheiro fora. E se puser na posi\u00e7\u00e3o ver\u00e3o, vai gastar a metade do que ele gastaria na posi\u00e7\u00e3o inverno\u201d, sugeriu.<\/p>\n
Outra recomenda\u00e7\u00e3o \u00e9 que no momento do uso dos aparelhos tamb\u00e9m tenha h\u00e1bitos eficientes, como n\u00e3o abrir muito a porta da geladeira e nem deix\u00e1-la aberta. Agora no ver\u00e3o, o melhor com rela\u00e7\u00e3o ao chuveiro el\u00e9trico \u00e9 evitar a posi\u00e7\u00e3o inverno. Se o ar-condicionado estiver ligado, n\u00e3o se deve deixar abertas as portas dos c\u00f4modos. \u201cO consumidor vai economizar bastante dinheiro somente por causa dos h\u00e1bitos eficientes\u201d, garantiu.<\/p>\n
Marcos Borges informou que o Programa Brasileiro de Etiquetagem completa 30 anos neste m\u00eas e \u00e9 poss\u00edvel verificar o avan\u00e7o dos consumidores na avalia\u00e7\u00e3o das etiquetas que permite a avalia\u00e7\u00e3o da qualidade do produto. \u201cIsso o consumidor entende. Na \u00faltima pesquisa encomendada pelo Inmetro em rela\u00e7\u00e3o ao conhecimento sobre etiquetagem mostrou que 72% dos brasileiros n\u00e3o s\u00f3 conhecem, mas tamb\u00e9m confiam na informa\u00e7\u00e3o da etiqueta e a utiliza na sua decis\u00e3o de compras\u201d, disse, acrescentando que nos Estados Unidos e na China o percentual \u00e9 menor. \u201cHoje, o Brasil \u00e9 o \u00fanico pa\u00eds do mundo onde essa informa\u00e7\u00e3o na etiqueta \u00e9 t\u00e3o importante quanto o pre\u00e7o do produto\u201d, revelou.<\/p>\n
Borges ressaltou que, nos \u00faltimos dez anos, o refrigerador tornou-se 70% mais eficiente do que era h\u00e1 10 anos. \u201cSomente por causa do processo em que o consumidor passa a ter mais informa\u00e7\u00e3o, escolhe de forma mais consciente \u00e9 que a ind\u00fastria atende a esta expectativa\u201d, completou. Com o in\u00edcio do hor\u00e1rio de ver\u00e3o no Brasil, ele recomendou, ainda, que os consumidores aproveitem um per\u00edodo maior de luminosidade para deixar as l\u00e2mpadas apagadas.<\/p>\n
Fonte: Ag\u00eancia Brasil<\/p>\n
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