PERSE: Um Incentivo Essencial em Risco

Entenda os impactos do fim antecipado do Programa Emergencial para o Setor de Eventos

Criado em resposta à grave crise provocada pela pandemia da Covid-19, o PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) surgiu como uma das principais políticas públicas de apoio a um dos setores mais afetados do país: o de eventos, turismo, cultura e entretenimento. Através dele, empresas passaram a contar com benefícios fiscais que proporcionaram fôlego financeiro e estímulo à retomada das atividades após meses de paralisação.

O que o PERSE ofereceu ao setor?

O principal atrativo do PERSE foi a isenção de tributos federais (como IRPJ, CSLL, PIS e COFINS) por um período inicialmente previsto de cinco anos. Esse alívio tributário possibilitou que milhares de empresas conseguissem:

  • Reestruturar suas operações;
  • Reter ou recontratar mão de obra especializada;
  • Renegociar dívidas e manter sua regularidade fiscal;
  • Reinvestir na retomada de eventos presenciais e grandes produções.

Foi, sem dúvida, um marco de recuperação econômica para um setor que movimenta milhões e emprega diretamente e indiretamente milhões de brasileiros.

O impacto do cancelamento antecipado

No entanto, a revogação parcial e antecipada do PERSE — ainda que envolva transições ou substituições — representa um duro golpe para as empresas que confiaram no planejamento de médio e longo prazo baseado na vigência prometida até 2027.

Entre os impactos diretos estão:

  • Perda de previsibilidade fiscal, o que afeta investimentos futuros;
  • Risco de endividamento de pequenas empresas que haviam reinvestido com base na isenção;
  • Redução na competitividade das empresas nacionais em comparação a mercados externos;
  • Desconfiança na estabilidade de políticas públicas, o que desestimula adesões futuras a programas similares.

Muitas empresas foram formalizadas ou reestruturadas a partir da promessa de estabilidade fiscal proporcionada pelo PERSE. A quebra desse compromisso não é apenas técnica ou econômica — é também institucional e afeta a confiança entre Estado e contribuinte.

O que o setor reivindica?

A manutenção do PERSE até o prazo originalmente aprovado pelo Congresso Nacional é uma pauta legítima e amparada na segurança jurídica. O setor não pede privilégios, mas sim o cumprimento de uma política pública que funcionou e ainda é necessária para consolidar a retomada.

A posição da Mark Messe

Na Mark Messe, acompanhamos de perto o impacto do PERSE junto aos nossos clientes e parceiros. Acreditamos que sua permanência não é apenas uma questão de alívio fiscal, mas sim de respeito à cadeia produtiva de eventos no Brasil, que gera emprego, cultura, turismo e desenvolvimento econômico.

Seguimos apoiando iniciativas que promovam a valorização do setor e defendemos um ambiente de negócios mais estável, transparente e comprometido com o crescimento sustentável das empresas.

Fique informado. Valorize o setor. Defenda o PERSE.

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