A Associação Brasileira de Empresas de Eventos e o Sebrae realizaram uma pesquisa que apontou faturamento de aproximadamente R$ 209 bilhões e crescimento anual de 14% no segmento de eventos no Brasil. O setor alcançou a marca de 202 milhões de participantes e gerou 7,5 milhões de empregos cinco anos atrás. Em 2018, depois de um primeiro semestre com instabilidades econômicas e políticas o setor apresentou crescimento e se manteve como um dos que mais crescem no país.
Em Curitiba, somente no ano de 2018, de acordo com dados do Convention&Visitors Bureau, o total de eventos chegou a 218, com a participação de mais de 334 mil participantes. O número de turistas que participaram desses eventos chegou a quase 108 mil, simbolizando um retorno financeiro aos estabelecimentos localizados na cidade de R$ 149 milhões.
“O maior desafio do setor é saber se vender. Privilegiar ações aonde o trade – público e privado – trabalhe conjuntamente a imagem, os diferencias, produtos e serviços do destino direcionados aos eventos. Somos, ainda, muito individualistas nas ações de captação de eventos para o destino”, fala Cristine Fabbris, captadora de eventos do Grupo Positivo. “Precisamos criar oportunidades de divulgação com públicos-alvo específicos e que tenha pré-disposição para comprar o nosso produto. Somos uma cidade organizada, com custo extremamente competitivo e qualidade percebida acima da média no país”, reforça.
Para a empresária Fernanda Skraba, sócia-diretora da Mark Messe, empresa organizadora de eventos, o maior desafio nos dias de hoje é adaptar-se às novas tendências e formas de participar de eventos. “Os participantes buscam experiências e o envolvimento é fundamental para atingir os objetivos propostos e ter um evento bem-sucedido. Com o avanço dos meios tecnológicos, cada vez mais as ideias para eventos corporativos se apropriam de ferramentas e dispositivos para trazer mais interatividade aos participantes, possibilitando, inclusive, estender o evento a um público que está em outros locais, sem necessariamente ter a sua presença física”, diz.
“Outros fatores que criam uma experiência a esse participante é a cenografia, ambientação e serviços básicos e fundamentais para a permanência dele naquele ambiente, além dos temas e palestras que devem promover uma ligação direta do interlocutor ao público. Hoje não se busca tão somente gerar negócios e capacitação, busca-se relacionamento, fidelização e aperfeiçoamento ”, comenta.
Alta em 2019
De acordo com Fernanda, a Mark Messe registrou um crescimento de 50% no volume de eventos em 2018. “Somos especializados em eventos técnico/científicos e feiras de negócios. Passamos de 10 para 15 eventos de grande porte, considerando eventos acima de 1 mil participantes cada”, destaca.
“Estamos estudando alguns investimentos para ampliar a gama de serviços para seguir confiante no mercado”, completa Fernanda Skraba. A expectativa da empresa para o próximo ano é ofertar mais serviços aos clientes pelo mesmo valor da organização. Com isso, projeta um crescimento superior a 30% a partir de junho de 2019.
“Curitiba é, definitivamente, um destino competitivo. Nas campanhas de captação de eventos, o recorrente histórico de eventos exitosos e a avaliação positiva dos congressistas referente ao destino e a qualidade de nossos produtos e serviços facilita as ações de prospecção e efetiva captação”, acrescenta Cristine Fabbris. “Os anos de 2017 e começo de 2018 foram bastante árduos para a captação pelas incertezas políticas e econômicas que o país atravessou. Passada essa fase, estamos trabalhando fortemente para que o incremento nas captações ultrapasse o número de eventos realizado neste ano”, finaliza.
Fonte:https://www.bemparana.com.br/noticia/curitiba-atraiu-mais-de-334-mil-visitantes-em-218-eventos-e-faturou-r-149-milhoes-neste-ano